Observações
das paredes de um consultório.
Definitivamente
NÃO somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Estava enganado
Saint Exupery em O Pequeno Príncipe.
Talvez na época em que ele viveu se exigia mais responsabilidades com as emoções alheias e atualmente isso deixou de existir.
Ou trata-se, simplesmente, do atual “amor líquido” segundo Zygmunt Bauman.
Não sei ao certo o que acontece, sei que nem oito nem oitenta é o ideal.
Se a responsabilidade sobre o amor que o outro nos dedica não é nossa, é nossa então, a responsabilidade pela forcinha que damos para que o outro permaneça cativo no nosso ninho, no nosso abraço, no nosso laço.
Talvez na época em que ele viveu se exigia mais responsabilidades com as emoções alheias e atualmente isso deixou de existir.
Ou trata-se, simplesmente, do atual “amor líquido” segundo Zygmunt Bauman.
Não sei ao certo o que acontece, sei que nem oito nem oitenta é o ideal.
Se a responsabilidade sobre o amor que o outro nos dedica não é nossa, é nossa então, a responsabilidade pela forcinha que damos para que o outro permaneça cativo no nosso ninho, no nosso abraço, no nosso laço.
Abandonar o parceiro de um relacionamento à própria sorte, sem sequer demonstrar um mínimo de compreensão é cruel demais a meu ver.
Não nos importarmos com o que sente aquele ser que, horas atrás, se aconchegava em nosso peito, aninhando confortavelmente o futuro, é triste.
Ultimamente, a compaixão e a consideração vêm cedendo lugar à arrogância, orgulho e falta total de empatia.
Ignorar e demonstrar total indiferença quando o companheiro de ontem nos procura hoje para desabafar, solicitar um alento ou um minuto de atenção é desumano.
Será mesmo esta a melhor forma de separação ou, a melhor forma de esquecer ou, de livrar-se de alguém que até ontem respirava o mesmo quente ar que você?
Dia do
sessantadue anni – outubro de 2017
(VGP August 07, 2018)
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