Fobias específicas
As fobias específicas são aquelas em que o
indivíduo apresenta um medo intenso e persistente, exagerado e irracional, na
presença ou na antecipação de objetos ou situações específicas como: animais, lugares
fechados, alturas, escuros, tempestades, voo, sangue, injeções, visita ao
dentista ou ao médico, engolir alimentos sólidos, dirigir, entre outras.
Os indivíduos com fobia específica reconhecem
que suas reações são exageradas ou desproporcionais diante das situações
temidas e que tais situações não representam perigo real, no entanto tendem a
superestimar o perigo e não conseguem controlar as emoções geradas por isso,
cabendo assim, ao clinico julgar o caráter desproporcional e determinar o
diagnóstico.
Segundo Ballone, Ortolani &Pereira Neto:
“Para
confirmar o diagnóstico, o paciente fóbico deve reconhecer que seu medo é
irracional e absurdo, deve concordar com a anormalidade de seus sentimentos,
embora essa crítica não evite que sinta tudo isso. Normalmente a pessoa se
sente impotente em combater seus sintomas.” (BALLONE, ORTOLANI & PEREIRA
NETO, 2007, p. 112).
O
DSM-V salienta que:
“Uma característica essencial desse transtorno
é que o medo ou ansiedade está circunscrito à presença de uma situação ou
objeto particular, que pode ser denominado estímulo
fóbico. As categorias das situações ou objetos temidos são apresentadas
como especificadores. Muitos indivíduos temem objetos ou situações de mais de
uma categoria, ou estímulo fóbico”. (DSM-V, 2013, p. 239).
Para estabelecer o diagnóstico de fobia
específica a resposta de medo ou ansiedade deve ser intensa ou grave e
diferente de medos normais que ocorrem com a maioria das pessoas.
Pode haver uma variação no grau do medo que a
pessoa experimenta com a aproximação do objeto ou situação a qual teme como
também, poderá ocorrer medo com a antecipação da presença real do objeto ou
situação temida.
Destaca-se também que, o medo ou ansiedade
pode se apresentar como um ataque de pânico.
O grau do medo ou ansiedade pode variar mesmo
diante de um mesmo estímulo fóbico. A
manifestação do medo ou ansiedade varia de acordo com o contexto o qual o
estímulo fóbico é apresentado, p. ex., presença de pessoas, ambiente, duração
da exposição entre outros fatores.
“O medo e a ansiedade são com
frequência expressos de formas diferentes entre crianças e adultos. Além disso,
o medo ou ansiedade ocorre tão logo o objeto ou situação fóbica é encontrado
(i.e., imediatamente, em vez de ser retardado)”. (DSM-V, 2013, p.239).
A esquiva está ativamente presente na vida do
indivíduo com fobia específica e quando não consegue evitar o estímulo fóbico
um grande sofrimento, temor e ansiedade intensos ocorrem. O indivíduo previne intencionalmente o
contato com objetos ou situações fóbicas.
O aspecto cultural deverá sempre ser
observado para o diagnóstico, uma vez que cada cultura possui suas próprias
escalas de valores para situações e objetos, diferenciando-se umas das outras,
com também fatores situacionais e ambientais.
(Vanilde G. Portillo - Outubro 11, 2018)
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