Decepção

Ouvi hoje, de uma pessoa muito querida, o seguinte:

“A gente sofre por amar, de várias maneiras, como também, somos felizes por amar, de várias maneiras.
Até recentemente – ontem - (risos), por exemplo, sofri com o termino do namoro.
Sofri com a rejeição, com o fato de ter me humilhado implorando para que ele ficasse, insistindo para que ele me desse mais uma chance, e outras bobagens típicas de alguém que não quer aceitar o fim.
Pois bem, sofri com a rejeição, com o autoengano, com a decepção, com a solidão.
Pensei que já havia sofrido tudo o que pode conter uma decepção amorosa, mas não, ainda não havia vivenciado tudo.
Percebi que outra tristeza me invadiu recentemente. Um jeito novo de sofrer que nunca achei que experimentaria.
Antes cheguei a pensar que, por vingança, me sentiria feliz se acaso acontecesse o que vem acontecendo, mas não, outra vez me enganei.
Sabe, fiquei muito triste ao vê-lo correndo atrás de outra pessoa. Claramente demonstrando que quer contato, que quer retomar algo que ficou mal acabado e, sendo claramente ignorado pela tal pessoa.
Fiquei muito triste, e essa nova tristeza foi pela decepção de ainda amar ou ter amado uma pessoa TÃO FRÁGIL COMO EU, e eu não havia percebido.

Como é decepcionante quando a ficha cai e você entende que a pessoa amada não existe como você pensava que existia. Talvez fosse apenas uma idealização, ou fruto de uma bela fantasia.
Mas no fim, eu percebi o quanto ridícula eu fui ao ver O QUANTO RIDÍCULO ELE ESTÁ SENDO.

Vergonha alheia!”

Bem, pouco a dizer sobre isso não?
Um dia, cedo ou tarde as fichas caem e você segue em frente.
Às vezes precisa tempo, ter paciência, ter coragem de vivenciar as dores e a angustia de não entender os próprios sentimentos.
Relacionamento é tão importante para nosso crescimento que até os términos tem papel fundamental.

Vamos ao próximo.

Quinta, dezembro de um ano que se recusa a acabar.

 (VGP August 06, 2018)