segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Circuito do Medo


Circuito do medo

O medo é tão importante para a sobrevivência que o corpo começa a reagir a uma ameaça antes mesmo de termos a consciência do que ela possa ser exatamente, porque quando enfrentamos os perigos, milésimos de segundos são vitais.
Ao primeiro sinal de perigo, sinais iniciais de alerta são enviados ao cérebro através do nervo óptico à minúscula e primitiva área do medo: a amígdala. Isso prepara o corpo para agir.  (CICERI, 2004 e PIVETA, 2002).
Em seguida, a medula espinhal dispara impulsos nervosos para as glândulas suprarrenais, perto dos rins, o que desencadeia a liberação de adrenalina. Neste momento estamos totalmente alerta.
A adrenalina é o hormônio vital que pode inundar o corpo numa fração de segundos; à medida que ela atinge os pulmões, respiramos mais fundo e captamos mais oxigênio. Ela faz também o coração acelerar.
O sangue rico em oxigênio é desviado para os músculos, que se tornam molas armadas à espera de um sinal para fugir ou lutar.
Todas essas reações coordenadas acontecem antes de termos registrado conscientemente a ameaça. Essa reação ao medo evoluiu durante milhões de anos e é conhecida como resposta de luta ou fuga. Essa resposta de luta ou fuga tem ajudado os seres humanos a se manterem vivos por milhares de gerações. (CICERI, 2004 e PIVETA, 2002).
Ballone, assim como outros autores, salienta que a ansiedade deixou de um bem necessário e passou a ser um transtorno quando foi deslocada de suas funções originais, salienta ele:

 “A ansiedade, originalmente fisiológica, passou a ser considerada um transtorno quando o ser humano colocou-a não a serviço de sua sobrevivência, como fazia antes e como fazem todos outros animais, mas a serviço de sua existência e do amplo leque de circunstâncias quantitativas e qualitativas desta existência.” (BALLONE, 2015). 

Vanilde G Portillo (Outubro, 08, 2018)

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