Circuito do medo
O medo é tão importante para a sobrevivência
que o corpo começa a reagir a uma ameaça antes mesmo de termos a consciência do
que ela possa ser exatamente, porque quando enfrentamos os perigos, milésimos
de segundos são vitais.
Ao primeiro sinal de perigo, sinais iniciais
de alerta são enviados ao cérebro através do nervo óptico à minúscula e
primitiva área do medo: a amígdala. Isso prepara o corpo para agir. (CICERI, 2004 e PIVETA, 2002).
Em seguida, a medula espinhal dispara impulsos
nervosos para as glândulas suprarrenais, perto dos rins, o que desencadeia a
liberação de adrenalina. Neste momento estamos totalmente alerta.
A adrenalina é o hormônio vital que pode
inundar o corpo numa fração de segundos; à medida que ela atinge os pulmões,
respiramos mais fundo e captamos mais oxigênio. Ela faz também o coração
acelerar.
O sangue rico em oxigênio é desviado para os
músculos, que se tornam molas armadas à espera de um sinal para fugir ou lutar.
Todas essas reações coordenadas acontecem
antes de termos registrado conscientemente a ameaça. Essa reação ao medo
evoluiu durante milhões de anos e é conhecida como resposta de luta ou fuga.
Essa resposta de luta ou fuga tem ajudado os seres humanos a se manterem vivos
por milhares de gerações. (CICERI, 2004 e PIVETA, 2002).
Ballone, assim como outros autores, salienta
que a ansiedade deixou de um bem necessário e passou a ser um transtorno quando
foi deslocada de suas funções originais, salienta ele:
“A ansiedade, originalmente fisiológica,
passou a ser considerada um transtorno quando o ser humano colocou-a não a
serviço de sua sobrevivência, como fazia antes e como fazem todos outros
animais, mas a serviço de sua existência e do amplo leque de circunstâncias
quantitativas e qualitativas desta existência.” (BALLONE, 2015).
Vanilde G Portillo (Outubro, 08, 2018)
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