Como
podemos nos desenvolver individualmente dentro de um relacionamento?
Parece, a
princípio, uma missão impossível.
Vivemos
em sociedade e fomos educados e dirigidos desde muito cedo a valorizar os
relacionamentos, casamentos, formar família e ter filhos.
Independente
de cada cultura e valores, o ser humano é um ser gregário por natureza.
Dependemos uns dos outros para sobrevivermos e foi assim que conseguimos este
nível de evolução social em que hoje nos encontramos.
Ao mesmo
tempo em que necessitamos uns dos outros e vivemos em sociedades, com outras
pessoas, somos impelidos a buscar nossa essência individual, nosso próprio
desenvolvimento psicológico e, sabemos que esta tarefa depende somente de nós
mesmos. Este caminho é individual, intransferível e às vezes solitário.
Assim
podemos pensar que uma necessidade exclui a outra, mas não, ao contrário, para vivermos
bem um relacionamento a dois necessitamos ser indivíduos separados.
Somente
com o desenvolvimento de ambos, individualmente, pode se ter um relacionamento
adulto e produtivo.
Se os
parceiros permanecerem identificados, amalgamados, não haverá chance para um
relacionamento saudável. Haverá um embotamento
do desenvolvimento psicológico e, provavelmente ambos permanecerão
infantilizados. Então, “separar-se” é preciso.
Ao cuidar
de seu próprio desenvolvimento individual certamente diferenças aparecerão. Essas diferenças deverão ser discutidas,
devidamente acolhidas e aceitas pelo outro.
Embora
seja importante o respeito e a aceitação das diferenças individuais no
relacionamento, existem muitas coisas em comum, também importantes, que concorrem
para que o mesmo seja fortalecido.
Num
casamento, por exemplo, se os parceiros possuem em comum, crenças religiosas, nível
cultural e educacional, o casamento tem mais chance de ser mais duradouro e
feliz. Metas como, educação de filhos e
finanças, em comum, também colaboram para a estabilidade. Amigos em comum e bom relacionamento com a
família também contribuem e são úteis para o relacionamento.
Em todo
relacionamento há um conjunto de coisas em comum e outras não, já que são
pessoas diferentes.
Todo e
qualquer relacionamento deverá servir, a princípio, para ativar ou colaborar
com o desenvolvimento individual assim, terá em contrapartida o desenvolvimento
saudável do próprio relacionamento.
(VGP –
August 10. 2018)
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