Livre-se das dores com sabedoria.
Não namore ninguém antes de curar-se e livrar-se totalmente
do romance anterior.
Quando sentir que não há mais nada na área de trabalho
poderá ser a hora de abraçar novamente.
Rapidamente, ou nem tanto, o tempo se encarrega de trazer consigo o antisséptico,
o anti-inflamatório, o antibiótico também.
Quase sem perceber, lá se foi mais um mês.
Desta vez foi julho que nem bem chegou e já se acabou.
A cada mês, até setembro, ainda será “um primeiro” alguma
coisa.
Já quando setembro chegar, trará com ele uma nova etapa, desta vez a do
“segundo”.
O “segundo tudo” terá início em setembro.
O segundo tudo, virá com criatividade e alegria.
Com as flores virá o colorido que desenhará um novo sentido,
um novo romance, talvez.
Este movimento de circunvolução que nossa vida emocional nos
faz desempenhar deve servir para curar muito devagar nossas feridas.
Aos poucos, delicadamente, suavemente tudo vai se tornando
muito distante.
A nuvem que encobria
a realidade, vai se dissipando muito lentamente.
O que é, quem é quem, já se revelou com a viagem da densa e
pesada nuvem.
Ficamos mais fortes, as camadas de pó e cinza que servem
como cicatrizantes vão sendo depositadas no fundo do vale muito lentamente e criam uma camada espessa, uma casca dura, que é para não machucar de
novo.
O “primeiro tudo” é muito difícil, mas necessário, serve de
adubo, de esterco.
Flores novas a caminho, mas nada chega sem antes passar pelo frio e
doloroso inverno.
É a vida! É a morte! É a vida! É a morte!
(VGP August 10, 2018)
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